A suspeita de autismo é um momento delicado para famílias, educadores e profissionais da saúde. Mas será que, diante de comportamentos diferentes ou atrasos no desenvolvimento, a resposta é sempre o autismo? Nem sempre. Por isso, é fundamental ampliar o olhar e entender o contexto de cada criança.
Nas últimas décadas, houve um aumento significativo nos casos diagnosticados de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma das explicações é o avanço no conhecimento científico e na capacidade de identificar sinais mais sutis. No entanto, a ampliação dos critérios diagnósticos também pode gerar dúvidas e, às vezes, diagnósticos precipitados.
Diversos fatores podem provocar comportamentos semelhantes ao autismo em crianças pequenas:
O diagnóstico de autismo é complexo e exige uma avaliação multiprofissional, envolvendo médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. É necessário considerar o histórico da criança, a observação em diferentes ambientes e, se possível, ouvir a escola e outros cuidadores.
Família e escola são fundamentais na identificação de sinais de alerta e na busca de apoio adequado. Mas lembre-se: nem todo comportamento “diferente” é autismo! O acolhimento, a escuta e o respeito aos tempos da criança fazem toda a diferença.
Se você tem dúvidas sobre o desenvolvimento de uma criança, busque orientação especializada antes de tirar conclusões. O diagnóstico precoce é importante, mas o cuidado em não rotular precocemente é essencial para o desenvolvimento saudável.