Quando pensamos em sucesso, logo lembramos dos formandos com diploma universitário, prontos para ingressar no mercado de trabalho. Mas muitas vezes esquecemos que, para chegar até a universidade, existe uma longa estrada trilhada desde a infância. Será que a educação para os pequenos não é ainda mais importante?
É nos primeiros anos de vida que construímos a base emocional, cognitiva e social. A criança aprende a confiar, se expressar, conviver, resolver conflitos e experimentar diferentes emoções. Esse alicerce será fundamental para todos os outros desafios que virão — inclusive os anos de universidade.
Diversos estudos destacam: a educação infantil tem influência direta no desempenho escolar, na saúde mental, na capacidade de aprendizagem e, futuramente, no sucesso profissional. Diferente da faculdade, que refina conhecimentos específicos, a infância molda valores, personalidade e a vontade de aprender.
Pense na criança que sente segurança, é estimulada a brincar, explorar, criar e perguntar. No futuro, será alguém mais confiante, inovador e preparado para trabalhar em equipe — habilidades valorizadíssimas por empregadores e exigidas em todas as áreas de atuação.
O ensino superior pode abrir portas, mas dificilmente as mantém abertas sem a base construída na infância. A faculdade potencializa as competências, já a educação infantil as forma, das mais simples às mais complexas.
Sem autoestima, autonomia, responsabilidade e curiosidade — desenvolvidas nos primeiros anos —, o diploma pode perder o sentido. Por outro lado, uma infância bem vivida prepara adultos que enfrentam desafios, inovam e crescem, dentro e fora da sala de aula.
Valorizar a educação infantil é garantir cidadãos plenos, realizados e preparados para um mundo em constante transformação. Antes do diploma na parede, precisamos cuidar do chão da sala de aula — ou do quintal cheio de brincadeiras — onde tudo começa. Afinal, formar pessoas é tão ou mais importante do que formar profissionais.